A cultura come a segurança do trabalho no café da manhã!
A cultura come a segurança do trabalho no café da manhã! Essa é uma verdade dura, mas que precisa ser conhecida, encarada, e superada.
É comum vermos CIPAs iniciarem o mandato extremamente motivadas e perderem a alma (a motivação) com o passar dos meses. Com a Brigada de Incêndio também acontece o mesmo fenômeno.
Edgar Schein no seu famoso livro Corporate Culture: Survival Guide (Cultura Organizacional: O Guia de Sobrevivência), diz algo interessante:
A cultura importa. Ela importa porque decisões tomadas sem o conhecimento da cultura organizacional podem trazer resultados imprevistos e consequências indesejáveis.
É comum empresas contratarem profissionais talentosos e motivados que com o tempo não parecem mais motivados, só fica o talento, mas talento sem motivação não ajuda muito, não é?
Dias atrás eu estava conversando com um grupo de pessoas num grupo focal de diagnóstico de cultura de segurança, foi triste ver se repetindo o discurso de “eu tentei muito sugerir e implementar novas ideias, mas não sou ouvido, nem sequer uma reposta (feedback) a empresa dá, por isso desisti de tentar”. É triste ver gente talentosa jogando a toalha.
É comum uma nova ferramenta de SST (observação comportamental, DDS, GRO, etc.) que começa rodeada de motivação e expectativa não funcionar…
Por que isso acontece?
Isso acontece porque nada vence a cultura! Qualquer iniciativa, por mais bem intencionada que seja não resiste ao se chocar com a cultura organizacional (e de segurança). Por isso antes de implementar qualquer ferramenta nova devo pensar “essa ferramenta é adequada ao nível de maturidade organizacional (e de segurança) dessa empresa?
Se não for, será preciso trabalhar a cultura antes de investir tempo e dinheiro numa ferramenta ou iniciativa nova.
A cultura organizacional (e de segurança) é moldável, desde que a entendamos! É claro que não é fácil mudar a cultura, mas é totalmente possível desde que entendamos o estágio atual e o para onde queremos ir.
Lembre-se, é a cultura organizacional que define quais são os comportamentos apoiados, esperados e recompensados pela organização.
Edgar Schein no mesmo livro já citado diz que:
A cultura é profunda. Se você a trata como um fenômeno superficial, se assume que você a pode manipular e mudar ao seu bel prazer pode ter certeza que falhara!
A cultura come a segurança do trabalho no café da manhã, e não basta suor e boa intenção para implementar novidades. É preciso ter uma noção clara do estado cultural atual, e também do que fazer para viabilizar a mudança dentro da realidade da empresa.
E claro, se precisar de ajuda é só nos chamar.
Maturidade da cultura de segurança: Entendendo para evoluir