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O trabalhador não quer utilizar o EPI, ele já foi orientado, o que fazer?

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O trabalhador não quer utilizar o EPI, ele já foi treinado, orientado, o que fazer? Essa foi a pergunta que recebi de um colega.

Quando o funcionário já tem treinamento, foi orientado a forma correta de utilizar o EPI, e se recusa a utilizá-lo, é melhor aplicar advertência escrita ou sempre estar conversando com esse funcionário?

Como assim se recusa? Como ele foi orientado? Por quem ele foi orientado?

Precisaríamos de mais detalhes aqui…

No geral, o problema das empresas é que elas “orientam” de cima para baixo com o dedo apontado na cara do trabalhador. Tipo, se não utilizar o EPI vai ganhar chinelada na bundinha menino! É advertência, suspenção, é demissão por justa causa… Isso não me parece orientação, mas ameaça…

Isso é jeito de tratar adultos?

O que indico é conversar com o trabalhador não para orientá-lo, afinal, ele não um idiota, no geral ele sabe que precisa utilizar o EPI, isso foi passado no treinamento, não é? Mas que tal conversar com ele para tentar saber qual é a dificuldade dele? Que tal perguntar o que ele precisa?

O trabalhador não quer utilizar o EPI, ele já foi orientado, o que fazer?

Chame-o no privado, mostre que se importa genuinamente com ele, e que não está lá apenas para “cumprir e fazer cumprir NRs e CLT”.

Algumas pessoas sentem dor com determinadas marcas de EPIs, principalmente em empresas que compram o mais barato (é só a maioria delas 😉 ), talvez o trabalhador tenha alguma dificuldade que numa simples conversa você pode detectar e remediar.

Há casos em que o ambiente de trabalho acaba dificultando a utilização dos EPIs, por exemplo, utilizar luva de raspa com cano longo e avental em ambiente de calor extremo. Nesse caso a organização deve melhorar a temperatura do ambiente, ao invés de simplesmente obrigar o trabalhador a utilizar o EPI em qualquer condição.

Pode ser, quem sabe, que o problema é que ele não esteja convencido de que a utilização do EPI é importante, afinal, sempre ligam o EPI à obrigação do uso, mas poucas vezes se fala fisiologicamente o que acontece (ou pode acontecer) com o corpo da pessoa em caso de não utilização do EPI. Você já mostrou fisiologicamente ao trabalhar o que acontece no organismo dele se ele não utilizar o EPI e como fisiologicamente o EPI o protege?

Se ele não falar que não quer utilizar simplesmente porque não quer (o que é muito raro, por sinal), daí é hora de chamar o líder dele para que a conversa seja a três. Porque o líder pode encontrar uma forma de desliga-lo, mas claro, é preciso que na presença do líder fique claro que a utilização do EPI é condição para se manter empregado na empresa.

O TST não deve investir em advertências e punições, isso por três motivos:

  1. O TST não é o líder direto do trabalhador: então porque ele teria autoridade para puni-lo? Qualquer punição deve ser ato do líder imediato.
  2. A punição é ineficiente para ensinar adultos: a punição tende a ressentir o adulto, e não o educar! Ele pode até fazer com que o punido mude o seu comportamento na presença do agente punidor, mas tão logo ele se afaste, a tendência é voltar às velhas práticas.

Se a pessoa passou por treinamento, assinou a ficha de EPIs é claro que ela sabe que a empresa quer que ela o utilize. Se não utiliza pode ser sintoma de um problema mais complexo!

  1. Talvez seja culturalmente aceitável a não utilização do EPI no setor do trabalhador: e não será mirando em uma pessoa que se vá consertar o todo. Nesse caso entenda o sistema e conserte o sistema e não a pessoa.

Podemos todos demarcar nossa opinião e defendê-la até a morte, usá-la como um bastião para castigar quem não concorda conosco. Ou podemos reconhecer a legitimidade de diferentes pontos de vista e tentar avaliar como as pessoas chegam a eles, não simplesmente difamá-las ou demonizá-las por discordarem de nós. Podemos não concordar com os outros, mas podemos respeitar e aprender uns com os outros.

Deborah Meier.

Entre o procedimento escrito e o que acontece no chão de fábrica (norma social, falta de condições, regras divergentes, ausência de estímulos e exemplos por parte da liderança, etc.) pode haver enorme distância. O trabalhador não quer utilizar o EPI? Guarde o cinto, a varinha, o chicote. Trate adulto como adulto, demonstre respeito e preocupação, e certamente pavimentará o caminho para o respeito mútuo, e para a segurança do trabalho não como obrigação, mas como valor.

Espero ter ajudado 😉

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